Comunicação Eficaz na Segurança do Paciente
- Marizete Figueiredo
- 21 de jun. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 21 de jun. de 2020
A comunicação é uma habilidade humana que nos permite inter relacionar, e no aspecto profissional, é um ato que estabelece um contato com o outro indivíduo mantendo a capacidade de transmitir informações fundamentais para proporcionar um ambiente seguro com a prestação do serviço com qualidade. A comunicação eficaz entre profissionais, equipes, pacientes e familiares é reconhecida como um dos fatores mais importantes que contribuem para a segurança do paciente, e em estudos sobre segurança do paciente, a má comunicação é mencionada como uma das principais causas de ocorrências de eventos adversos, alguns fatores que contribuem para estes incidentes são:
Abreviações sem padronizações: a comunicação muitas vezes é comprometida por uso de abreviações, siglas e símbolos não padronizados para indicar um procedimento ou medicamentos, uma vez que podem existir vários significados para a mesma abreviação ou sigla. O objetivo das abreviações é otimizar o processo e economizar tempo, porém quando não padronizadas e disseminadas pela Instituição, as utilizações incorretas podem ser mal interpretadas por outros profissionais, e desta forma, favorecer o risco de não-conformidades e eventos adversos aos pacientes. É essencial que a instituição padronize abreviações, acrônimos e símbolos utilizados, estabeleça uma lista acessível para todos àqueles que as utilizam, e crie barreiras de dupla checagem das informações comunicadas.
Falha de comunicação na transição do cuidado: a comunicação no momento de transição da assistência é relacionada ao processo de passagem e registros de informações sobre um paciente para outra equipe/unidade interna ou outros serviços e referências externas. Os problemas de comunicação, nestes processos, podem ocorrer por transmissões de informações imprecisas, ambíguas e desordenadas. As instituições devem implementar uma abordagem padronizada de Comunicação de forma que as informações sobre a atenção ao paciente seja sempre consistente, considerando quem deverá receber as informações, quais documentos físicos ou informações eletrônicas devem estar disponíveis, qual a condição atual, alterações, alertas do quadro do paciente, diretrizes do plano terapêutico e medicamentos utilizados. É importante reservar tempo suficiente para comunicar as informações importantes com objetividade e clareza, sem ruídos, oportunizar as perguntas e respostas sobre possíveis dúvidas sem interrupções, incluir os passos de repetição e releitura das informações.
Falha na comunicação com os pacientes e seus familiares: A comunicação eficaz com os pacientes e seus familiares é um componente essencial para a promoção contínua da assistência integral e segurança do paciente. O profissional deve estabelecer a empatia com o paciente, utilizando uma comunicação clara, aberta e adequada, o que permitirá também obter a confiança dos familiares. Deverá atentar-se à compreensão das informações pelo receptor sobre diagnósticos, estudos, procedimentos, possíveis adversidades, prescrições, medicamentos e continuidade do tratamento, explicando cuidadosamente para que não haja confusões e má interpretações. É essencial que toda equipe de saúde tenha treinamentos contínuos para realizar o processo comunicativo de maneira eficiente, cortês, ética e respeitável, estabelecendo um vínculo de confiança e segurança entre o profissional, paciente e familiares, promovendo consequentemente a satisfação de todos envolvidos.
A comunicação eficaz deve ser oportuna, educada, precisa, completa, inequívoca e compreendida por quem a recebe, os relacionamentos interpessoais bem-sucedidos produzem uma série de resultados positivos, reduzindo ocorrências desfavoráveis e proporcionando o ambiente harmônico e a segurança do paciente.
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